Descaminhos de um precipício vazio

Summary

DESCAMINHOS DE UM PRECIPÍCIO VAZIO

O vento soprava intensamente no final de setembro entre as labaredas das desgraças e os sorrisos dos inocentes. Eram verbos demais para se contar. Atribuições infinitas. Misérias contidas em enlatados coloridos e adocicados. Pisar em degraus, alucinações momentâneas, depredar a alma. Conter o riso e escancarar as mágoas. Caminhar novamente para o fim do ano. Para o início das compras e suas alegrias parceladas.

As reuniões fraternas. Papai Noel. Deus é generoso nas bocas adulteradas. Carregar sonhos, promover diversões, depois mais uma xícara de café, solúvel, sem gosto, amargo e frio. Descaminho. Retomar o início do final contido. Desejar morrer. Acabar. Finalizar. Depois de um brinde, fotografias. Escritas diluídas de imensos vazios. Apenas um sublime caminho vazio. Um precipício grotesco e solitário. Gritos amordaçados. A tortura em cabedais nas bancas promocionais.

Primavera de Oliveira

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