Summary
A impetuosidade de um coração marginal
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Cenas de um crime
A impetuosidade de um coração marginal.
Nessa vida criamos perspectivas, tráfego incansáveis de humanos. E nesse caminho corroemos os vícios. Acredito que era final de primavera e todas as flores deslumbravam. Deslizei o olhar por um segundo e nesse momento uma catástrofe imensa.
Na minha mente a cortina abriu alucinadamente e, um grito paralisante tomou conta do meu corpo. A boca pálida e o coração languido, desabei. Não conseguia gritar. Meus olhos lacrimejavam. O peito não mais acelerava, adormeceu. Minhas mãos formigavam e agora sentia dor. E uma tristeza imensa me alcançou.
Nesse caminho paralisante, usei todos as minhas lembranças. Não conseguia buscar todos os fatos passados. Apenas pequenos instantes, fragmentos. Queria desvendar esse crime. Lembro de vultos, momentos. Nas escadas da arquibancada, de calça jeans, a torcida frenética. Pensei na despedida. Não lembro! Os jogadores. Nada! Qual era o tempo de jogo? Quem eram os marcadores? A sobrancelha curvada e o coração laqueado. Começo a franzir a testa na busca dos sentidos. E nada! Vazio. Um coração em branco. Pálido.
Recordo apenas o sentimento. O assassino tinha uma face muito emblemática e usava uma camiseta de rock. As pistas dos crimes foram colhidas nos intervalos de aula, durante todo o ano. Somente agora, depois de tanto tempo, reconheço o crime. Amei intensamente aquele garoto do colegial. Por isso, não reconhecia meu cadáver a cada amante inesperado. Percebo somente agora que vivi amores em decomposição. Hoje, finalmente o sorriso iluminou minha face. E o meu coração de pálido, enrubesceu minha alma.
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