Na pele

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Na pele

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Na pele

Talvez tivesse sido a tinta, a esperança de adormecer no ombro escolhido. As fotografias não reveladas e ocultadas depois do momento vivido. Latinhas de refrigerantes descartadas depois de consumidas. Abriu o coração com tanta verdade, os sentimentos transbordavam em meio ao caos. Os minutos de silêncio compartilhados. Meu anjo! O que aconteceu? O desprezo e novamente, silêncio. Sem abraços, nem um único beijo. Ficou sozinha, perdida. E ele apenas segurou a chave e abriu a porta. Depois de dois meses uma mensagem.

Novamente a lembrança do momento vivido, tão ávido e poético. E quando a manhã surgiu, os sentimentos dissolveram. Apenas mais vazios entre tantos sonhos. Na parede a pintura de Salvador Dalí, emblemático com olhar inquisidor. Talvez, lunático em performance niilista. O olhar sobre tudo isso, os sentimentos, a carne e depois o gozo. O prazer rápido, demorado, infinito, momentâneo, arranhando a pele… O semblante amargo da espera. O descaso depois do momento sentido e vivido na epiderme, na derme, na pele, nos poros inquisidores. Seu amor foi gasto, rasgado em ausências, desculpas falsas, tanto desprezo que chegou a ser poético.

Apenas restou a traição. E depois a dor da traição consentida.

A pele revirada, gasta e depois largada como latinhas consumidas. O ser humano em embalagens e cores carnavalescas. Belezas distorcidas sem ídolos ou falsas esperanças. Apenas espermas, pele e desprezo. E no final sem chave ou esperanças, somente o desprezo de uma vida fétida e sombria. Sem esperança ou encantos suprimindo a vida. (Primavera De Oliveira)

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