Pesadelo

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Pesadelo

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Pesadelo

A noite estava escura e as ruas úmidas e pouco iluminadas, as árvores pareciam cantar drasticamente a cada batida do vento. Na calçada o barulho do salto alto, acelerava apressado, e um frio descobria o medo no estreitar da rua, mas ela não se deteve, continuou firme pisando sobre as poças. O céu estava negro e revelava a lua autoritária e empalidecida.

Não havia mais ninguém, nem mesmo um cachorro no final da noite, apenas vento, frio, poças de água e folhas molhadas… apressou ainda mais os passos, e o coração começava a acelerar, os pés já estavam dormentes devido a força embrutecida no caminhar. E o vulto passou rapidamente, e ela deu um grito de horror que ecoou até a indústria velha e abandonada.

Sentia seu cabelo sendo arrastado, os braços tentavam alcançar a mão violenta que lhe agredia. Não conseguia virar o rosto e mais socos lhe golpeavam, até adormecer no chão frio.

Acordou com uma tira de sol na sua face, com as roupas molhas e rasgadas, sentiu seu ventre em febre. Na boca o gosto de sangue, o peito aberto e a carne revelada, tentou levantar-se.

Nesse momento uma ambulância parecia que iria ao seu encontrou. Mas, estava sozinha no final da rua e do lado apenas a indústria velha e esquecida de um passado próspero. Ficou deitada no chão, apenas vestida com seus sapatos de salto alto e suas lembranças. (Primavera De Oliveira)

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